Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Multifacetada.


A face é feita de fotos
De fatos
De expressões
De conspirações
Da vida, de pessoas.

A ‘cara’ é a face de poucas e boas
O rosto é retrato da realidade.
Assim como muitos que esperam sorrisos
Caretas e olhares também deixam saudade.

Tenho uma face
Uma cara
Um rosto
Uma expressão.

Todas se reunem em um só desenho
Às vezes entre parênteses.
Se entendem bem
Mas só aparecem quando acham pertinente

A face é multi
É multifacetada.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Objetivos Subjetivos.

Já que estamos próximos do Natal e Ano Novo, resolvi criar uma "Lista".
Sim, uma lista de metas!
Nunca consigo cumprir metade do que eu planejo, mas se pelo menos 50% se concretizar já me dou por satisfeita.

Na verdade sou bem controlada e ponderada em tudo o que me determino a fazer, mas nem sempre as coisas são  como gostaríamos que fossem né, apesar de ter o 'meu' trabalho, o 'meu' estudo, as minhas coisas não são apenas para o meu próprio bem-estar. Meu super ego às vezes até que tenta me distrair e tenta fazer com que eu olhe apenas para o meu umbigo, mas eu tenho uma família, isso não é certo...

Mas vamos lá, meus objetivos para 2011 (que maluco, estou compartilhando meus sonhos com pessoas que talvez desejem até o meu mal, mas isso não me importa, quem tem a proteção de Deus não 'carece' de ficar apreensivo, tô nem aí, divido com vocês meus medos, segredos, e porque não minhas metas?).

Coisas de Alessandra 

1. Conseguir passar os semestres da faculdade ilesa, sem DP!
2. Comprar meu carro *-*
3. Comprar um notebook com uma memória decente
4. Terminar de tirar minha habilitação (senão carro nem pensar)
5. Iniciar meu Projeto Experimental com um 'cliente' beeeem legal e acessível
6. Ter mais tempo para 'respirar'
7. Crescer profissionalmente
8. Ver mais filmes
9. Ler mais livros
10. Visitar mais museus
11. Descobrir novas exposições
12. Ver peças teatrais
13. Tomar banho de chuva ao me surpreender com alguma notícia incrível!
14. Fazer uma cirurgia plástica (mulheres nunca estão satisfeitas com o que têm, FATO)
15. Ganhar mais  (sou capitalista mesmo e daí, vai me dizer que você tbm não gosta de dinheiro?)
16. Me estressar menos
17. Fazer amizades eternas, ou eternas enquanto durarem (acho que é mais fácil)
18. Presentear inesperadamente e vice-versa (sou boba nem nada)
19. Deixar alguém orgulhoso de mim (nem que seja minha mãe)
20. Viajar
21. Juntar uma grana (essa promessa nunca vai pra frente por muito tempo, mas vou tentar)
22. Escrever, escrever, escrever até meus dedos doerem, quero inspirações diárias!
23. Gostar de quem gosta de mim (se isso for possível, ah, a pílula que eu queria inventar lá no meu 1º post...)
24. Inventar! Alguma coisa, qualquer coisa útil.
25. Aconselhar
26. Ir a shows, muitos shows.
27. Descobrir um talento em mim
28. Dormir 8hrs por noite (tá, isso eu sei que será IMPOSSÍVEL)
29. Operar as vistas (sou míope mesmo, qual o problema?)
30. Fazer trabalho voluntário
31. Falar inglês fluente
32. Falar espanhol fluente
33. Voltar para o curso de italiano
34. Fazer mais tatuagens
35. Comprar uma câmera 'Animal' e fotografar muuuiiito!

Não importa a ordem, mas se tudo o que desejei vier a tona em meu 'novo ano novo' ficarei muito grata à vida, por me proporcionar instantes e momentos inesquecíveis que serão. 

Não tenho pretensão nenhuma de ser 'a mais','a maior', 'a melhor', mas seria muito bom se eu fosse.

Não me subestimo, mas não me engrandeço, creio que a receita perfeita para as coisas darem certo seja a humildade e persistência.

Aprendi uma coisa que somente com o tempo é possível perceber: você não pode acreditar em coisas que lhe deixem cabisbaixa, com a  auto estima afetada, você tem sim que filtrar o que pode lhe ajudar a melhorar em algum aspecto, críticas são SEMPRE bem-vindas, desde que você faça o seu papel, de saber o que lhe servirá como lição.

Já sofri de muitos problemas com auto-estima que me fizeram enxergar que eu sou sim capaz, e que nada do que ninguém me disser irá interferir em meus planos.

2010 foi um ano com muitos acontecimentos, todos os anos são, normal.
Perdas, ganhos, chororô, alegrias, cansaço, briguinhas, crises...
2011 não será diferente.

Não acho que 'ano novo' seja sinônimo de 'vida nova', mas por que não crer que será a continuidade de seus objetivos, o ano será igual, afinal, os meses são iguais, as estações são iguais, o que muda de verdade é o seu roteiro, você quem determina como será o seu ano, suas promessas só serão possíveis se o esforço partir de ti.

As minhas estratégias para que tudo isso que mencionei se realize?
Ah, isso nem eu sei, mas o importante é que eu sei bem o que quero e o que não quero.
E você, já pensou qual será o seu 'roteiro de 2011'?

Um Feliz Natal à quem dedicou alguns preciosos minutos de sua atenção ao meu humilde texto e um 2011 cheio de conquistas e realizações. (Clichê né... às vezes é preciso!)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Primitivos da tecnologia.

Estive pensando o quão primitivos nós já fomos e por algum motivo não conseguimos mais nos adaptar a situações que julgamos adversas e 'fora do comum'.

Hoje meu post (mais uma vez) é reflexivo, é uma indignação contra eu mesma, veja só, há onze anos atrás quando eu era uma garotinha ingênua com meus dez anos de idade, era muito fácil sobreviver sem internet em casa, aliás, sem um computador (que era um trambolho, diga-se de passagem).

Era muito simples 'ser criança' e o máximo que eu tinha que ter para ficar igual às minha amiguinhas (o tal do 'ser aceito') era aquele tênis super legal, o tererê no cabelo e a Barbie do momento.
Eu não precisava parecer adulta, nem me emperequetar de maquiagem, nem fazer escova nos cabelos, eu era feliz com meu conjunto de moleton, meu 'penteado' descabelado e com meus tazos que vinham no salgadinho!
Era feliz com meu bichinho virtual, com meu mini-game - isso era o máximo de tecnologia que prendia minha atenção - e o que eu mais esperarava ao chegar em casa era poder assistir "Pokemon"!

Eu não precisava 'fingir'ou realmente crescer fora da ordem natural, não precisava me enfurnar no quarto e passar horas conectada (como faço hoje), e nem pensava nisso!

Disse no início que já fomos primitivos, certo?
Acho que mudei de opinião (posso?).

Primitivos somos agora, dependentes de máquinas, submissos à parafernalhas elétricas, sujeitos a 'parar' devido a alguma possível falha em algum equipamento.

Já não nos esforçamos sozinhos. temos auxílio.
Já não é mais hábito lermos livros, irmos à biblioteca, visitarmos museus...

Presenteamos as crianças com os vícios high tech, os 'mimos' estão cada vez mais avançados em todos os quesitos e os pequenos cada vez mais exigentes.
Estamos nos tornando uma sociedade robotizada, tudo é otimizado, automático, inteligente, tão capazes e espertos que quem sofre as consequências somos nós, homens modernos, contemporâneos que (achamos) que somos. Temos ajuda para tudo, isso se o 'bicho' não o faz para nós, para poupar o nosso tempo, nosso raciocínio, nosso esforço.

Isso não é uma crítica destrutiva ou contra a tecnologia, é uma 'rubrica', sim, um visto sobre minha impressão a respeito da evolução que passou diante dos meus olhos durante as décadas em que vivi, nasci nos anos 80, aproveitei minha infância nos anos 90 e cá estou nos anos 2000, que coisa maluca!

Eu faço parte dos 'alienados' pela tecnologia (é a realidade), pela modernidade. Um dia sem computador e eu SURTO (acreditem).

Não tem mais o "Pokemon" depois do almoço e quando chego em casa não é mais do colégio.
Acordo cedo porque tenho que trabalhar, durmo tarde porque tenho que estudar, as amizades ficam em sua maioria atrás de uma tela e é por intermédio de fotos e mensagens que me comunico com meus queridos.
Não ouço a voz de alguns há anos, não vejo pessoalmente mais alguns (incontáveis), mas é nesse mundo que eu (e muito mais pessoas do que eu possa imaginar) vivo!
É um universo lúdico e paralelo onde é possível prever com quem 'quero' encontrar, se quero responder o 'oi' de alguém, ou se finjo ignorar pois, "estou muito cansada agora para conversar".

É meu bem, ausente, disponível, volto logo, em horário de almoço, são status frequentes e indispensáveis no cotidiano de gente a perder de vista.
Nos tornamos pequenos seres manipuláveis de uma Revolução Industrial em constante renovação e assim vamos vivendo, espero que daqui há alguns anos as crianças nasçam crianças mesmo, de carne, pele e osso, tenho medo de gerar uma 'máquina'.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um dia chega. Chega um dia.

Hoje foi um bom dia, alguns dos meus últimos dias foram bons, bons dias vivi nesses últimos dias.

Se minha professora do colegial visse essa frase com certeza me trucidaria pela repetição constante (e pleonasmo – repetição é constante menina!) de palavras, felizmente já não estou mais no colegial, há alguns quase cinco anos.

Impressionante como o tempo passa depressa, como ele voa, ou “avoa” como diria minha vózinha (que saudade da minha vózinha por falar nisso).

Tenho que admitir que a vida não tem me castigado o tanto que eu acreditava que ela me puniria, nem sei exatamente o motivo de algum ‘acerto de contas’, mas sabe aquela sensação de que alguma coisa está errada? Será que só eu sinto isso?
Sei lá, é estranho, parece que eu sempre faço alguma coisa que faz com que eu me sinta um ser humano pior, independente do que for.
Acho que a cultura que crescemos dentro de casa nos influencia a imaginar situações inexistentes, ou culpa com fundamentos irrelevantes.
But, I don’t care (?)
Sim, eu me importo.
But, OK!
É como eu sempre digo, nunca sei como meus momentos de inspiração vão terminar, escrevo o que ‘dá na telha’ sem me preocupar se alguém realmente irá perder – ou não – o seu tempo lendo essas ‘baboseiras’ que saem da minha cabeça.
Now, I don’t care.
Sim, eu me importo. Me importo apenas como vou organizar minhas ideias, minha imaginação é acelarada demais e eu não consigo transcender tudo o que anelo ter.
Mas OK, já me acostumei. Meu cérebro é temperamental, prefiro obedecê-lo, sem ele não consigo trabalhar meus pensamentos, sou submissa e dominada por ele.

Odeio essa gente que acha que sabe meia dúzia de expressões inglesas e ‘enfeitam’ seus perfis com frases prontas.

(Quem sou eu para falar isso? Nem inglês eu sei!)

I don’t care. Gosto de contrariar mesmo. Contradizer (?). Isso eu não gosto muito, mas às vezes é necessário, sometimes.

Mas como eu ia dizendo, tive alguns dias bons, realmente bons.
Todavia estou me sentindo sozinha, coagida, recolhida em um submerso instantâneo, monótono, impaciente, inquieto, intrigante, entretanto, isso está me fazendo bem, é sagaz, voraz, intruso, porém, educado. I believe.
É uma crítica para eu mesma, para refletir, para analisar.
Ficar sozinha –  não no sentido de um companheiro – mas tratando-se de liberdade, experiência, amadurecimento e aprendizado.
Ficar sozinha tem tanta definição, que eu poderia passar horas relatando, enumerando e comparando as esquisitices que eu tenho em mente.
Um dia chega, chega um dia.

Coisas começam a dar errado e aí você pensa: ‘Tudo acontecendo e eu estou sozinha’, isso pode servir como uma lição de que só você é quem pode se salvar, se resgatar, se levantar, se reerguer, se amar, se arrumar, se valorizar, se entender ( ou ao menos tentar – I try...), se captar, se entregar para os braços da vida, que são enormes, gigantescos mesmo.

Pode ser que esses braços não sejam os mais aconchegantes e confortáveis, não assim de primeira. Demora um pouco até encontrar o braço certeiro, aquele que vai lhe acolher e fazer com que TODOS os seus dias sejam melhores e especiais e intensos e inesquecíveis e ai meu bem, ai você vai saber que chegou a sua hora.

Como diria Fernando Sabino
"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."

Prefiro acreditar que o ‘meu fim’ está próximo, quero que dê certo logo...

domingo, 14 de novembro de 2010

Música deliciosa de ouvir. Sometimes, Everyday, Always.


Música deliciosa de ouvir
Acordar com o canto de um bem-te-vi é dádiva dos céus
É calor para o coração
É alegria para a alma, alma minha.

Música deliciosa de ouvir
Internada no trambolho eletrônico, parafernalha
Ainda assim é bom.

Música deliciosa de ouvir
Respiração, de outro, de outra
Depende
Barulhinhos, risadinhas.

Música deliciosa de ouvir
Essa que estou ouvindo agora
Escutando na verdade.

Música deliciosa de ouvir
Onde é que você está?
Dentre todas que citei
Nem todas consigo encontrar.

Oh música deliciosa de ouvir
Apareça para mim
Quando eu menos esperar
Porque há tempos que lhe aguardo
Mas você não vem me acalmar.

Música, cara música deliciosa de ouvir
A única coisa que sei
É que não importa
Às vezes
Todos os dias
Sempre

Vocâ há de me consolar.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Agora o bicho vai pegar!

Tema de Hoje: Filmes Nacionais.

Quem me conhece sabe que eu gosto muito de filmes nacionais, apesar de não conseguir exercer meu lado cinéfila com a frequência que eu gostaria, sempre que posso tento me adentrar em alguma dessas histórias do meu Brasil guaranil.

Um comentário que eu sempre faço ao assistir um “novo” (mesmo que velho p/ alguns) curta, ou longa nacional é que adoro o “ar de precariedade” como é filmado.
Entretanto, isso para mim não soa como uma crítica negativa, eu realmente gosto dessa característica.  

O Brasil não é Hollywood, fato. Os aparatos utilizados em um filme estrangeiro, sei lá, da Índia, por exemplo, certamente devem ser melhores.
A verdade é que sou leiga, posso estar enganada, mas é o meu olhar, ao menos superficialmente falando.

Porém, tenho que admitir que o último filme nacional que tive o prazer de apreciar, tem uma produção impecável, excelente (exceto a parte que o André morre, o tiro foi nas costas e no colete, se bem observei, não era para ele ter falecido – ok, isso pode ser minha imaginação, por não querer que ele tivesse ido dessa).

Tropa de Elite. Sensacional!
Precisava citar esse filme em algum post, sério!
Gostei um tanto inexplicável, de tudo!

José Padilha se superou, não consigo dizer que é melhor que o primeiro, pois, são tão distintos que fica impossível comparar.

Outro questionamento que geralmente eu levanto são as tramas da maioria dos filmes: favela, morro, violência, subúrbio, sexo, mulheres, prostituição, drogas, sertão, Amazônia.
Não sou nenhuma nacionalista, nem patriota verde-amarela “roxa” (confesso), mas não gosto de alguns termos preestabelecidos para o nosso país.


Está certo que tudo isso inevitavelmente é o Brasil, mas apesar do retrato da nossa sociedade ter grande influência sobre esses clichês, acho que as criações de roteiros para filmes nacionais, podem ser mais abstratos, mais contemporâneos, humorístico talvez, falta um pouco de inovação no cenário cinematográfico de nossa nação, mas não podemos negar que tem melhorado (e muito) a qualidade em todos os sentidos!

Enquanto uma nova super produção sucesso de bilheteria – como Tropa de Elite é no momento –  não chega às “telonas”, ficamos aqui, aguardando ansiosamente qual será o ‘novo’ tema abordado.

domingo, 24 de outubro de 2010

A arte da tentativa (inútil) de decifrar uma mulher.

Comecinho bem clichê, tá?

Desde os tempos mais primórdios, o homem tenta uma tarefa que até hoje ninguém conseguiu executar e trasmitir com louvor: entender o que se passa na cabeça do sexo oposto. Aaaah, a mulher! - (suspiro).

Por mais complicada que sejamos, somos incríveis! Somos mulheres, meninas, super-heroínas, fera (em todos os sentidos, deixe sua imaginação te levar para o caminho que desejar...), somos misto de todas as características, somos parciais, somos imparciais, temos opiniões formadas, mas também sabemos respeitar a opinião alheia.

Homens! Não vivem sem uma mulher.

Esse papinho de que mulher é sensível e romântica tem sim seu “Q” de verdade e fundamento, mas isso não é necessariamente uma regra.
Conheço mulheres que não se apegam de maneira alguma, outras que são fortes e não demonstram nenhum tipo de fraqueza,  mas não nos cabe julgar.

Eu, por exemplo, particularmente não gosto muito de ganhar flores.
Opa! Peraí! Eu NUNCA ganhei flores, como posso dizer isso?
É o que acontece com muitas, falam sem saber como realmente é.
Duvido que se alguém lhe mandar flores você não irá gostar, duvido!
Se tiver um cartão então, nossa, vai rolar até uma emoção!

Desistam homens, vocês NUNCA entenderão uma mulher, até porque (pasmem) nem nós temos propriedade para saber quem de fato somos às vezes - admitimos.

Na verdade, creio que homens e mulheres desejam uma coisa só:  A FELICIDADE.
Seja ela como for, seja lá qual forem as aspirações, as objeções, A MENTE.

Não sei se toda mulher precisa necessariamente de um homem, um homem já acho o contrário - afinal, sua primeira casa foi uma mulher.

Aos homens: amem as mulheres da maneira que elas merecem, que nós merecemos.
Se for trair, NÃO TRAIA. Termine o relacionamento. Avise.
Se for partir avise também.
Se não a amar, poxa, sinto certa pena de você...

Experiências? Paixões?
Isso podemos acumular de maneiras diferentes, dominar o nosso subconsciente e dizer a ele que seremos felizes independente do que for vir pela frente é essencial para que a harmonia de nossos sonhos e projetos se concretizem.

Não é preciso mergulhar efetivamente na “cabeça” de ninguém para tentar compreender uma atitude ou comportamento.

Mulher é mulher, só isso, basta! Não são necessárias maiores explicações e satisfações.

Contentem-se com o simples, pois o complicado vocês não iriam suportar...

Inspirações. Expirações. Inspirações.

Banho quente, “pelando”, queimando o couro – como dizia (jaz) minha avó!

Sim, eu estava escaldando no chuveiro e pensando como surgem as inspirações, em particular as minhas.

Peculiar, essa é a palavra para os momentos instantâneos que tenho vontade de redigir alguma coisa que realmente valha a pena (ao menos ao meu ver).

Um dia me perguntaram porque eu sou tão sarcástica quando falo com alguém, mas os meus textos não transcendem essa parcela de minha personalidade.
Respondi: Não sei! E não sei mesmo! Por ser apenas “parcela” de minha filosófica e contundente alma prefiro transmitir e apresentar a outra metade aqui, no meu vazio cheio de vontade de se fazer transbordar.

Talvez sinta-me mais a vontade para escrever ao proferir e abordar certos assuntos tete a tete.
Ai estão as Expirações. Sim, toda inspiração tem sua expiração.

Posso me sentir extremamente livre ao escrever, mas não ao dizer exatamente o que penso na hora e no momento que desejo.

Hipocrisia? Talvez meu caro, mas creio que eu não seja a única a moderar instintos comportamentais para não causar polêmica, ou não ser mal interpretada ou mesmo pelo fato de que não acredito que alguém irá depositar credibilidade em meus argumentos.

Ok, isso pode soar como falta de segurança, mas não é, sério mesmo.
Discutir é uma opção e uma condição, acho até que já citei algo do tipo em algum outro post, mas é mesmo, sem firulas, sem rodeios, nem sempre (nunca, na verdade), a discussão tem um desfecho. Tem sim uma sinopse, mas sempre um sairá mais “contente” - se assim posso dizer - do que o outro.  

Inspirar e respirar, segredo para se safar de algum, ãn, diálogo mal resolvido?

Pode até ser,  mas o fato é que sempre irá terminar da mesma maneira, o seu eu irá expirar seus anseios e alusões morais fundamentadas em quesitos que só você consegue entender, mas explicar...bem, explicar nem sempre é tarefa tangível, aliás, alguém entendeu o que eu quis dizer?

Ok mais uma vez. Pareço exacerbar meu léxico? Não, nem sei como faz isso.
Minhas madrugadas malucas, sonolentas, conturbadas, reflexivas, compenetrada.

Inspire, respire, expire...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um novo.

Para muitos a tradução da felicidade é “um novo”.

Um novo amor,
Um novo carro
Um novo lar
Um novo emprego
Um novo momento
Um novo sentimento
Um novo...

Inúmeros, incontáveis “um novo”, ou “uma nova” também.

Uma nova oportunidade
Uma nova notícia incrível
Uma nova vida!

Hoje encontrei uma foto, nela está escrito

11/04/2010
“Na mesa do parto, o futuro
No outro lado do mundo
A queda do muro
Levo a vida entre o “***” e o “***” (*** = muito pessoal)
E ninguém confia no amanhã”

Ela diz para eu sair em busca de um trabalho, eu insisto que ela arrume os dreads, entre noites sensuais converso com vermes todos os seus desejos, entre uma lua e outra fotografo momentos instantâneos e entrego a você.

____

Essa foto já não tem tanta importância.
Sabe o que eu quero?

UM NOVO.

Um novo tudo, uma nova foto, de uma nova pessoa, de um objeto, de uma paisagem, com uma nova mensagem, com uma nova farsa, que seja! Mas que seja nova.

Quero novos ares, novos lugares. Novas atitudes, novas amizades.
Quero novidade!

Quero a prosperidade de pensamentos inquietos e avassaladores, daqueles que não te deixam descansar, que te fazem exercitar.

Não quero injúria, nem desamores, quero ternura e sinceridade, mesmo que para isso o meu novo tenha que começar por uma consequência ríspida.

Vivo “um novo” a cada dia, um de cada vez, e todos me fazem querer mais, mais, mais, mais...

Amadurecimento é virtude.
Cautela é sabedoria.
Paciência é dom.

E assim espero os meus “novos” tudo acontecerem.

Que floresça o novo em minha vida, estou esperando brotar.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Narrativa dos meus dias.


É impressionante como as pessoas andam com pressa.

Andam de andar mesmo, caminham, correm, vivem com a danada da pressa, que persegue quase todas as pessoas que eu conheço.

Ao amanhecer é perceptível e intrigante a maneira o qual as pessoas se comportam, a ansiedade de chegar logo, de não se atrasar. Pontualidade. Coisa de paulistano metódico e estressado (sim, eu faço parte desta parcela).

O meu trajeto é sempre igual, monótono, tirando o medo de ser assaltada (paranóia da minha cabeça depois que levaram meu mp4 em plena 07h15 da manhã em uma rua perto de casa).
Pode? Um mp4! Ladrãozinho ordinário!

Acordo, me visto, nem sempre penteio o cabelo (confesso), geralmente prendo e também pinto o rosto para amenizar as olheiras, tradução de trabalhar pela manhã, estudar a noite e não ter tempo para dormir suficientemente quanto gostaria.

Levo cerca de 30 minutos para me aprontar, daí saio de casa e caminho 15 minutos até o ponto de ônibus, onde vejo sempre as mesmas pessoas, indo para os mesmos lugares, tomando as mesmas conduções.

Como não seria diferente, eu também embarco na mesma linha de sempre, na verdade tenho o “privilégio” de poder escolher entre duas diferentes, depende de qual chegar primeiro. Torço para que o coletivo venha vazio e eu possa cochilar um pouquinho, mas é em vão, o empurra-empurra, desconforto e sono me assolam todos os dias, a mim e mais um infinito de gente.

No ponto que eu aguardo a chegada do transporte público decadente, sempre tem um “cara” que se acha o descolado, ele pega um ônibus cujo motorista e cobrador não cobram a passagem dele. Tem uma grávida também, praticamente acompanhei o crescimento do bebê no ventre dela, acho que já vai nascer pelo tamanho que a barriga está. Tem uma moça que parece um ratinho, não sei por que, eu só acho. É inconsciente e imprevisível o jeito que você começa a prestar a atenção nas pessoas.

Chegando ao metrô é possível se deparar com rostos um pouco mais diversificados, mas ainda assim são os mesmos, eu é que não devo reparar.
A ida não é tão conturbada, mas a volta, ah, a volta chega a ser drástica, vocês achariam que eu estou narrando uma guerra e não o retorno para home, sweet home. No meu caso, vou para a aula mesmo.

Estado de natureza! Lembro-me bem de uma aula de sociologia e antropologia no 1º semestre da faculdade, meu professor exemplificou a estação “Sé” como sendo o homem em seu estado de natureza, ultrajante não? Um pisoteando o outro, cotovelando, brigando, se matando praticamente, um quer entrar, o outro quer sair, tudo pela mesma porta. Costumo caracterizar minha volta como uma “aventura”.

Estive pensando na minha rotina esses tempos, e me assustei!
É tudo tão calculado que fica difícil de alterar alguma coisa no percurso.

Sou urbana, além de humana. Vou continuar no caos da cidade, da vida corrida, dos dias curtos.

Continuo aqui, fico aqui e vivo aqui, pretendo não ser esmagada por ninguém. Contemplo a sonoridade das buzinas, mas não com louvor, com um certo ar de passividade, de “fazer o que”? A poluição é repugnante, mas o cheiro de terra não me atrai tanto.

A cidade não para, ela é contínua, não descansa, nem tira um cochilo como eu.
É, pensando bem, tenho mais sorte do que ela...


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Menina Monstro

Tem dias que você desperta indecisa, insegura, com certo medo de perder.

Não sei mais o que me motiva a prosseguir com meus objetivos.

Estive pensando nas coisas que acredito que sejam as principais aliadas para aumentar a minha força, mas incrivelmente percebo que nem sempre as coisas são como eu gostaria que fossem. OK, frase clichê, piegas, mas diga se não é verdade?

Aprendi uma coisa:

Se orgulhe do seu esforço, de conquistas conseguidas por mérito próprio, de aparecimento de novas oportunidades tangentes que possam lhe proporcionar perspectivas, enfim, tudo o que lhe faz sentir-se realizada.
Ame-se, cuide-se, sinta-se especial. (não é tão fácil quanto parece, I know)

Noites mal dormidas, estresse, lágrimas, conversas destrutivas, mas algumas construtivas também, maldade alheia, atitudes inescrupulosas explicitamente desesperadas, e certa falta de credibilidade para conosco.

Foco é coisa que possuo. Tudo isso contribui para uma série de resultados - quociente... (torça para que eles sejam positivos).

Passei por um atropelamento. Não, não é isso que deve estar pensando, não foi um acidente trágico, nem me deixou ferimentos graves, mas posso considerar que ficaram sequelas, marcas incuráveis, expostas e principalmente impostas. Ah, a tal da imposição parece que me persegue!

Existem personalidades variáveis, maneiras diferentes de se sentir coagido e de autodefesa, e em alguns aspectos a convivência com pessoas muito opostas ao que você acredita ser o correto, acaba levando a beira de um ataque de nervos, de choro, de gritos, raiva, mágoa, tristeza, indagações, indignações e baixa autoestima. Um misto de sentimentos que se confundem um com o outro.

Me pergunto:

Só eu não enxergo essa infinidade de erros que cometo?
Por que não desistem de mim então?
Dizem que é porque há amor. Não sei. Respeito, pelo menos, não há. Isso é fato.
Tentativas de explicações são em vão. Duas contra uma. Duelo injusto, impalpável, inconsistente, nada homogêneo.

Grite mais alto, não estou ouvindo! Escândalo. Entonação desnecessária, drama desnecessário, sem fundamento.

Medo? Ora, por favor, sou o quê? Um monstro?

Escolham o que quiserem, eu não quero opinar, não vou mais opinar. Sintam-se a vontade para decidir.

Não tem importância as minhas preferências, desde que estejam de comum acordo com a de vocês, não é mesmo?

Pois bem, eu concordo então com o que concluírem. Aceito, já que não posso questionar, murmurar ou esboçar nenhum tipo de reação contrária à desejada.

Não estou me fazendo de vítima, nem deixando de defender minhas opiniões, mas não tenho mais diálogo tragável, meus argumentos não vão convencer (esqueçam que faço Publicidade nesse momento, ok?), nem nada do que for dito irá mudar meu conceito sobre mim e minhas atitudes.

Mudar, mudar, mudar... - Você tem que mudar! Fale isso, mesmo que não for mudar!

Não posso anunciar, prometer algo que não sei se consigo cumprir.

Não tenho um botão de “Desfazer”, de “Mude sua personalidade”, “Seja Aceita por quem te ama” (?).

Já não tenho mais tanta certeza de “todo” esse amor proferido.

Cuidado, preocupação, zêlo, orações. Para que? Para depois me jogar contra a parede? Me cobrar?

Diz que emociono com as palavras, mas que nunca escrevi nada de bonito para ela. Mas como escrever coisas bonitas a quem lhe ataca a todo momento?

Não nego a ajuda que sempre me propõe e dispõe, mas após isso não há o mínimo de respeito e cumplicidade.

OK. Não espero amor de mais ninguém, não creio mais nisso, tenho amor próprio (?). Acho que isso basta (?).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Humana

Tenho um problema desde criança, gostava de matemática, era aplicada até, mas os meus números não são bonitos, nunca foram aqueles bem redondinhos e perfeitos, os meus não eram assim, isso me chateava.

Ai descobri uma vocação (?).

Sou de Humanas, faço Humanas, sou Humana, humanitária, humanizada, imunizada, contra números e tudo e todos.

Faço contas do meu jeito, com palavras, frases, textos, orações, subordinadas ou não, com sujeito simples ou composto, com paráfrase, com antítese, conjunções, preposições e predisposição.
Escrevo, relato um fato, jogo um dardo e é dada a largada.

Derramo, transcendo, imponho, questiono, em 1ª pessoa quase sempre, me desempenho melhor assim.

Minhas inspirações se instalam “do nada”, de uma palavra que lembro e começo a imaginar um texto para ela, uma história, um conto, uma fábula, uma narração, dissertação... uma infinidade de termos pejorativos, mas são apenas maneiras de organizar todas as palavras sem confusão, assim conseguimos identificar o contexto que as mesmas fazem parte.

Sorrateiras, faceiras, monótonas, polissílabas, as terminações me trazem certa excitação, são tantas!

A curiosidade de saber como e quando vou terminar um texto desses é intrigante.

Nunca sei o momento que vou parar e dizer: “- Acho que chega, já está bom.”

As peripécias que minha imaginação desenha são muito maiores do que qualquer livro ou página da web existente.

Nem sempre consigo me expressar da maneira mais coerente e tangível que gostaria, mas a forma irregular com que redijo me transporta para o surreal e por que não, para o irreal?

As palavras difíceis deixo para os poetas, escritores, consagrados. Eu fico com todas as que sei, e as que todos sabem, mas a ordem das minhas palavras não são iguais as de ninguém, o que eu escrevo é minha identidade, é a autoria dos meus pensamentos.

Não sou imperiosa, mas também não sou passiva, sou a inquietude de querer saber, a sagacidade de saber enfrentar as nebulosidades do cotidiano, perspicácia às vezes é meu sobrenome, tenho um “q” de introversão, o momento vai decidir.

Mais um auto-biográfico para minha coleção.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Renovação de geração.

Os últimos acontecimentos marcantes não foram dos melhores.

As notícias, as surpresas, os fatos nos surpreenderam negativamente, nos obrigaram a aprender como vivenciar o sofrimento.

Mas Deus é aquele que acalenta corações quebrantados e traz renovação e esperança, através de anjos.
Descobri ontem que Deus está enviando um anjinho, um novinho, um que todos aguardavam ansiosamente, que todos mentalizavam e torciam para que chegasse logo.

Descobri que a felicidade de um ente é a felicidade de uma família toda!

Ah, esse anjinho ainda não tem sexo definido, mas não importa! Ele já tem amor garantido e carinho de sobra, afinal imaginação é o que não nos falta para personificar a divina dádiva dos céus que está por vir para alegrar a nossa família.

Somos em poucos, somos em contáveis, mas estamos de braços e corações abertos para conhecer o novo anjo!

Ele vai demorar um pouquinho para aparecer definitivamente para nós, mas a tecnologia faz um trabalhinho sujo de vez em quando e podemos descobrir mês a mês como ele está se desenvolvendo.

Tenho certeza que vamos nos emocionar muito vendo os bracinhos, a cabecinha, os dedinhos, o coraçãozinho... Ah! Não vejo a hora da tal da tecnologia entrar em ação e da natureza fazer sua parte inspecionando cada partícula, cada detalhe do nosso anjo para que tudo seja formado com perfeição e cuidado.

Sinto-me alegre e viva ao saber que ganharemos um presentinho dos céus que trará renovo a todos e principalmente a um casal escolhido a dedo pelo Papai do Céu para educar o anjo, afinal, ele ainda nem sabe que vem com a missão de tornar esses dois em mais do que um casal, mais do que marido e mulher, agora eles serão: Papai e Mamãe!

O anjo nem sabe, mas ele agora também tem 4 pessoas que vibram de euforia só em saber que ele vai chegar, que são os vovôs e vovós.

E tem os primos, as primas, as tias-avós, os tios-avôs, as tias e tios... Nossa!

Uma infinidade de pessoas que aguardam sua chegada! E ele nem faz ideia ainda...
Sabe qual o nome desse anjo?
Nós também ainda não sabemos, mas a essência, a alma, é que será uma linda CRIANÇA, que com certeza foi enviada em um momento especial e definido pelo Criador.

Aos papais Cris e An, a alegria de vocês é nosso alegria.

A minha tia Ana e a meu tio Waldemir, tenho certeza de que vocês serão avós babões e amorosos, e que vão “estragar” esse bebê de tanto mimo! Rs

A todos que terão participação no crescimento dessa semente, tenho certeza que a sensação de que um novo ciclo se inicia e que os votos são sempre de muita felicidade.

E que venha o meu priminho ou priminha, saudável e disposto (a) a desencadear esse mundo cheio de descobertas.

Parabéns à VIDA.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A minha glória seria a glória dela?

Textos melancólicos, depressivos e tristes sempre saem com mais naturalidade, não gosto dessa ideia, dessa realidade.

Acho que posso ser roteirista de novela mexicana nesses dias.
É incrível quando você acredita em algo, sempre acontece outro algo que te desanima, te desespera profundamente.

Me diz por que existem indivíduos capazes de insultar o outro mesmo fazendo parte do seu sonho, da sua trajetória, será que não é perceptível que a “minha” alegria teria de ser a alegria “dela” também?

Eu juro que penso infinitamente em coisas que não devo nem cogitar, mas o que posso fazer?

Não me sinto tão essencial como deveria, mas isso não é crise existencial, nem depressiva, é só uma condição.

Eu acredito e confio em mim. Frase corriqueira, frase que procuro fazer e chamar de "meu lema".

Confesso que nem sempre tenho tanta certeza, mas penso em tudo o que já aconteceu na minha vida e fico esperançosa, ai a partir disso prefiro ignorar os comentários negativos e me focar na impetuosidade dos pensamentos positivos.

Sou simples, não sou tão complicada quanto pareço.

Tudo o que não se deve proferir...

INCAPAZ
PREGUIÇOSA
INÚTIL
...

Não é fácil escutar adjetivos desprezíveis de quem você menos espera, provocações de quem deveria lhe apoiar em todas os momentos sem importar o momento na verdade.

Carência? Não, um pouco de amor, só isso. Só um pouco. Somos tão “poucas” mas parece que isso não ficou claro para ela, isso me entristece de uma forma que não consigo expressar.
Foi o suficiente para acabar com o meu dia, mas não com a minha motivação de vencer.

A incapacidade é para tolos designadores, sem fundamentos, ocos.

Meu Deus - me pergunto - como pode isso? É tanta amargura!

Sai na sexta, volta na segunda e ainda acha que tem o direito de pronunciar esse tipo de discurso!

Se eu realmente quisesse, eu poderia nivelar esta “conversa”, mas não vale a pena... (?)

“Só, preciso aprender a ser só, a me manter só, me fortalecer só, pq eu quero viver e não sobreviver só, mas não guardo rancor aqui eu guardo amor só.”
Esse trecho, aliás, essa música inteira nunca foi tão compatível comigo como agora.

Cinismo. Falta de compaixão. Desagradável. Inconveniente. São sinônimos para a falta de limite dela.

Pena, é isso que devo sentir, não há outro “feeling” que devo expressar a essa pessoa.

Me subestime mesmo, tente me humilhar, me inferiorizar... TENTE fazer isso!

Não acredite em mim mesmo, está certo!

Como você mesma disse: “Eu não preciso do seu amor”. Faço suas as minhas palavras my honey.

Apesar de que o amor para mim é imensurável, não vou conseguir te odiar, mas se preferes assim, te amar como amo não o farei mais.

Os meus resultados são muito mais produtivos do que os teus, e isso é fato. Você assistirá de camarote minhas conquistas.

Foi só um desabafo, só isso.

Só - Kamau

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Caires, Marcilio - O MEU PAI

Eu só quero lembrar de ti, como sempre foste...


...Doce, carinhoso, calmo, gentil, paciente...

Eu só quero lembrar de ti, nas horas engraçadas, das suas histórias e trapalhadas.

Eu só quero lembrar de ti quando me trazia aquela "mágica" todas as noites, que depois de muitos assopros e palavras encantadas aparecia o tão esperado chocolate.

Eu só quero lembrar de ti passando horas se perfumando no banheiro, sempre tão vaidoso...

Eu só quero lembrar de ti mandando eu tomar um remedinho, "guti guti" Bi, mesmo se fosse uma tossinha...

Eu só quero lembrar de ti, pelo cuidado que sempre teve comigo...

Eu só quero lembrar de ti meu pai, como o homem mais benevolente que tive o prazer de conhecer, durante 20 anos...

Oh, meu pai! Se soubesses o quanto sofri ao ver a sua dor, a ingratidão da vida para contigo...

Não podes imaginar o tamanho da minha dor. Até hoje ela paira sobre mim...

Eu não o queria vê-lo sofrer, eu não queria ser egoísta.

Eu só quero lembrar do chazinho com torradas, do mingau, do Jô Soares toda noite...

Eu quis sim, que fosse feita a vontade de Deus, e que os anjos do Senhor possam nesse momento lhe aconchegar em seus braços e lhe confortar para que não sintas mais dor, para que cuide de nós...

Acredito que o fim não seja da forma que desenhamos, mas que seja sua passagem para um lindo jardim, que é o lugar que mereces estar, rodeado de amor e ternura, assim como seu bondoso coração.

Você NÃO está aqui de carne e osso, mas está em espírito em alma e em nossos corações para todo o sempre e esteve tempo o suficiente para nos dar a mais LINDA lição de vida e força que já vi!
Sua filhinha: Lêuh, Bi, Biscoito, Coração de Melão...


04/01/1936 - 28/05/2009
Para mim: ETERNAMENTE

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E somos todos açoitados

Não sou muito boa para iniciar textos, sempre acho que começo sem linearidade.
Português claro: "sem pé nem cabeça".

Também não consigo ser tão bem-humorada em minhas reflexões. Engraçado...

Não sei se tenho algum dom realmente notável, só sei que tenho entuasiasmo para praticar certas atividades, prazer mesmo. Mas são poucas as coisas que faço que me sinto inteiramente realizada.

Às vezes me questiono sobre reconhecimento, de onde ele vem, como adquirimos tal proeza, será que acontece porque premeditamos inconscientemente? Ou será que somos forçados involuntariamente a seguirmos regras e padrões impostos e a partir disso nos tornamos "ótimos" profissionais?

Mas também penso: será que o nosso trabalho é indubitavalmente tão árduo o quanto expressamos aos alheios e a nós mesmos?

Será que o princípio de nossos desejos são imaculados, são secretos, são escancarados?

Aliás, os nossos desejos, são desejos ou imposições? Rótulos, como uma latinha comprada no supermercado. Etiqueta. Julga-se alguém até pela etiqueta!

E o trabalho novamente... por que se trabalha tanto? Para comprar, para gastar, para acumular dívidas infindáveis, para se perder em meio a nomes, números...

Meus pensamentos são assim, para alguns sem introdução, com um certo desenvolvimento e o final, ah o final não existe!

Isso tudo não quer dizer que eu seja uma extinta que vive totalmente pela natureza, paz e amor, afinal, quem não gosta de status, seja ele o mínimo que for? Quem não se sente bem em um meio social onde todos lhe reconhecem por suas "roupas lindas" - e caras!, seu "celular ultra-mega-master-blaster-power moderno"?, sua casa high-tech total?

Ok, eu não tenho nada disso, mas gostaria. Ou você não? Hipocrisia em outro lugar, por favor.

Só me resta continuar a pensar com coerência e apesar dos pesares não me deixar levar pelo "capitalismo selvagem". (ÔôÔô...)

Alessandra  Caires
Uma mente em constante inconstância

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estranheza

Um dia resolvi que seria diferente. E a partir daí, eu fui mesmo.
Algumas pessoas entendem isso como uma capa protetora, uma espécie de maneira de se camuflar, ideia de psicólogo.

Eu, particularmente, entendo “ser diferente” uma forma de se libertar, liberar seus pensamentos e vontades através de atos, vestes, gostos, enfim, versatilidade e inovação.
Eu sou um ser vivo, minhas noções básicas de sobrevivência me obrigam a navegar dentro de um mundo comum, mas nem por isso sou um parasita dominado e alienado pela massificação de informações fúteis e desnecessárias que são veiculadas por ai em meios distintos.
Eu sou estranha. Eu gosto de comer pão com manteiga e açúcar, uso um óculos de grau maior do que os meus olhos, tenho dreads no cabelo, pinto as unhas com cores vibrantes, uso sapatos que ninguém que eu conheço usaria, tenho gostos peculiares... Auto-indagação: Por que?
Eu não sei, não tenho explicação para a formação de minha personalidade.

Só sei que me transformei.
Quando se descobre as suas verdadeiras afinidades é muito mais simples criar o seu personagem real dentro desta historinha que é a nossa vida. A Vida dentro da Vida. Percursos.
O meu jeito de ser, minha maneira de pensar a vida causa estranheza em algumas pessoas.

Minha mãe vive dizendo que eu nem pareço que sai de dentro dela.
“ – Lá vem você com esse cabelo, esse óculos, essas roupas esquisitas né Alessandra.”
Rs.
Eu me divirto com as reações e fico curiosa para saber o que se passa na mente de cada um.

Mas essa já é uma outras história, subliminar.

Alessandra Caires
Uma mente em constante inconstância.

Coisas.

Me lembro de coisas antigas, passadas, remotas, mortas.

Coisas palpáveis. Coisas inodoras. Coisas abstratas.

São coisas. Inexplicáveis ou fundamentadas, são apenas coisas.

Que palavra esdrúxula! Coisa! Coisa feia, eu hein!

Não é assim que se denominam objetos? Coisas?

Ou então: “Ah, vi, vi...ai meu Deus, como é mesmo o nome? Ah, a Coisa lá! Sabe?”

Pois bem.

Há coisas que aconteceram lá atrás.

Quando se tem 17 anos, por exemplo, tudo é mais intenso, ou parece ser, whatever.

Paixonite ou paixão? Amor ou ódio? Sentimentos. Coisas!

Coisas que repentinamente tomam proporções drásticas.

São atos e pensamentos irrevogavelmente discriminados pela sua juventude, pela passividade ou fúria dos seus hormônios a flor da pele, seu sangue querendo correr, aliás, correr não... Querendo ferver! É, acho que é muito intenso mesmo.

Aí se faz 18 anos! Nossa, não acredito até hoje que cheguei, ou melhor, que passei dos 18 anos.

Imagina-se um mar de fantasias... carro, faculdade, homens mais velhos, festas (entrada com o RG, bem orgulhoso mesmo, estampando bem no verso sua data de nascimento, certinha, sem falcatrua).

Não. Não aconteceu nada de interessante, ah sim, gostei aí de um carinha, isso foi um pouco antes dos 18.

Ai depois de alguns meses, acabou. E eu que pensei que ia durar. Bobagem.

Relacionamento não, nunca mais! Sofri horrores, imagine!

Após um tempo...

Perdi meu alicerce, meu pai, faleceu de câncer. Menos de um mês depois perdi minha avó materna. Não deu tempo de fazer a hemodiálise.

Perdi o chão. Perdi metades de mim. Nem tudo é como desejamos... Ou melhor, NADA é como desenhamos em nosso imaginário.

Depois dos 18, demorou um pouco para outra “coisa” mais séria ocorrer, foi com 20 anos, e lá vem outro carinha, bem na época que perdi meus tesouros.

Ah não, de novo não. Pensei: como quase publicitária posso criar um botão ou uma pílula que desfaça os sentimentos, isso!

Achei ter encontrado a solução para quando estivesse envolvida, mas não deu certa a minha ideia mirabolante. O botão ou pílula não iam funcionar. Acho.

O período mais crítico é até 7 meses, após isso considere-se em um relacionamento sério. Sério.

Todavia, também não deu certo. Não por minha parte, que estava indo de vento em polpa e tola, não desconfiei de nada, de nada que viesse fazer o cidadão se distanciar.

Mas que droga, que droga de vida em que nada dá certo! – penso sempre, todos os dias, todas as horas, todos os minutos, segundos, milésimos...

Mulher é fogo! Chora, se descabela, se doa, gosta, cuida, briga, faz as pazes, sonha, pensa, lembra-se de coisas e mais coisas. Enquanto o homem, o menino... já está até investindo em outras!

Ah, as coisas lá do início, elas estão presentes em cada linha, cada parágrafo, é um assunto muito extenso mesmo.

Não há explicação plausível que conforte um coração machucado.

Bem, apesar de se sentir o pior ser do universo e acreditar que ninguém irá gostar de você suficientemente ao ponto de abrir mão da liberdade mundana de estar rodeado de mulheres e “pegar” quem quiser... acho que daí começa-se a perceber a real personalidade do seu ex-companheiro de aventuras.

Percebe-se o ser estranho e irreconhecível que ele é.

E você não acredita que conseguiu passar mais de um ano ao lado de uma pessoa que não conhece! Incrível, não? Mas é assim, pergunte algo muito profundo a sua mãe, por exemplo, sobre seu pai e verá.

Questione sobre amores passados, sobre amigas do colégio, enfim, parece constrangedor, e é.

Eu não conheço as pessoas com que me relaciono. Conheço-as por um instante, por uma circunstância, mas não tenho um detector de pensamentos – tá aí outra coisa que eu podia inventar, vou ficar rica! – voltando... e assim você pensa que sabe com quem está lidando e percebe que nem sempre as coisas são como parecem.

Ditado: As aparências enganam.

Nunca gostei muito de citar ditados, mas olha esse aí, não é que se encaixou direitinho?

Ah, parei nos 20 né? Curioso (a)?

Tenho 21 agora. 1 ano a mais não parece nada né? Não, não é? É muita coisa sim (olha a coisa novamente!).

Eu não tenho diário, mas parece que ia ser interessante se tivesse.

Tenho meus planos e objetivos, vou cumpri-los, com o meu esforço, com a minha capacidade e com a ajuda de pessoas que realmente torcem para o meu bem.

Relacionamento? Hum, não tenho opinião formada sobre isso. Talvez eu até queira muito alguém, para suprir um outro alguém, as saídas de finais de semana, as ligações costumeiras, mas tão aguardadas, as briguinhas fúteis, os abraços, carinhos, amassos...tá! Talvez eu queira, mas justamente por isso sei que nada acontecerá agora.

Por isso prefiro pensar em algo que valha perder, ou melhor, investir meu tempo, que é precioso.

Ler, estudar, trabalhar, caminhar, sorrir, abraçar, conversar. – adoro verbos.

Esse é um dos inúmeros capítulos infinitos e não tão concisos de minha vida.

Você não me conhece, eu não lhe conheço, mas você sabe da minha vida, que coisa louca, divina!

E como diria Clarice Lispector em uma das frases que eu mais admiro e me espelho:

“- E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.”

Termino minha mensagem com esta citação esplêndida da Clá. Grande Clá...

Alessandra Caires
Uma mente em constante inconstância.