Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Rolezinho.

Por que será que é tão chocante uma pessoa dizer que quer ter sua independência e viver 'sozinha'?

Entendam bem, eu disse 'sozinha', e não 'isolada' ou 'em uma bolha'. 

Hoje eu estava sentada na cozinha enquanto minha mãe fritava nuggets pra mim [sim, eu sou uma marmanja que gosta de nuggets, me julguem], mas enfim, isso não vem ao caso, fato é que eu estava conversando com mamis e de repente surgiu aquele assuntinho desagradável de se discutir com 'mãe' - pelo menos pra mim, é -, 'e os namoradinho?'.

Daí eu achei que seria legal da minha parte ser sincera e acabar com qualquer ilusão da parte da minha mãe, e falei que não pretendia casar, nem ter filhos, que estava bem sem ninguém e que meu sonho mesmo é ter grana suficiente pra comprar um apê ou uma casa legal, que dê pra eu levar a Frida [minha cachorrinha] e adotar pelo menos mais um dog e um gatinho, sei lá; e ainda disse que a levaria junto, mas no fim ela teve aquela reação do tipo: 'você tá de brincation uiti mi?'.

Teve uma hora que falei que se eu não tivesse dinheiro suficiente pra investir na compra de uma casa, que eu dividiria o aluguel com alguma amiga, e aí acho que nessa hora ela deve ter pensado em algumas possibilidades, tipo 'ai meu Jesus Cristo, só me faltava essa menina virar lésbica'. 

Ela não disse nada, mas acho que ela imaginou - repugnando a ideia mentalmente -, e achou melhor deixar no gelo, porque né, vai que... haha. Bom, para o caso dela estar lendo isso agora, o que eu acho pouco provável, aí vai uma notícia que vai deixá-la mais sossegada: - Não, mãe, eu não tenho e nem nunca tive um pezinho [nem o corpo] no lesbianismo - mas tenho vários amigos homossexuais e definitivamente isso não os difere de ninguém. Sempre bom lembrar que opção sexual não molda caráter, tem gente que não sabe disso. 

A verdade é que as pessoas parecem se preocupar mais com minha vida sentimental do que eu mesma. 
E muita gente acha que o fato de eu não ter o desejo de me casar quer dizer que eu não queira conhecer pessoas novas, me relacionar... gente, alou, século XXI!
Eu adoro conhecer gente nova, de verdade mesmo. Geralmente eu que saio falando mais que a boca, puxo assunto mesmo, acho legal a gente conhecer gente diferente, discutir gostos, pensamentos...

Enfim, gente, beijar na boca é muito legal, todo mundo gosta e querer ter alguém que goste de você por perto pra dividir sua vida também pode ser legal, mas não é um estilo de vida pra mim, eu definitivamente não acho que a vida precisa disso pra prosseguir. [Eu usei a palavra 'vida' várias vezes, então neste momento esqueçam que às vezes eu faço freela como revisora. Grata]

Não tô tachando que 'uhul, acho o máximo ser uma solteirona', mas acho que não preciso de um cara pra viver mais feliz. Só isso.

Pode ser que um dia eu mude de opinião? Quem sabe.
Só posso falar pelo presente, ainda não tô fazendo o Walter Mercado.
Se tiver que aparecer alguém que me faça pensar diferente, ok. Se não, ok também.
Eu tô bem comigo mesma, e quer saber? Isso é muito bom! Recomendo à todos.

Nenhuma verdade é absoluta, caros. E pra constar: não sou traumatizada, mal amada ou qualquer coisa do tipo. Só não tenho estômago pra 'ter' alguém só pra não parecer que sou uma encalhada. Praticidade e objetividade, apenas.
A real é: respeitem as pessoas e suas convicções e todo mundo vai viver mais feliz.

Tô meio redundante e tal, mas precisava desabafar em algum lugar e aqui sempre é meu melhor refúgio.

ps 1.: coloquei esse título só pra gerar um buzz mesmo, o texto não teve nada a ver de propósito. 
ps 2.: aí você ficou com ódio de mim e tá achando que eu queria audiência.
ps 3.: me adicionem no whatsapp (hahaha) - joke!
ps 4.: dizem que é um videogame maneiro.

Beijinhos no ombro [porque tá na moda] haha

sábado, 4 de janeiro de 2014

Dead. Live. Dad.

Já passa da meia-noite.
Chegou o quatro de janeiro de mais um ano. Desta vez, 2014.
Mais um quatro de janeiro solitário pra mim. Sem sentido, só sentimento.
A festa de aniversário e o bolo de nozes ou chocolate, não poderão ser comprados.
A velinha de 78 anos não vai ser apagada.
Mas sei que lá na nova casa do meu anjo, tá acontecendo a maior de todas as comemorações.
O Céu está em festa, porque tem a honra de ter uma das pessoas mais ilustres e especiais deste mundo: MEU PAI.
A falta que ele me faz é infinita, incomensurável e dói.
Há 5 anos eu não comemoro mais o quatro de janeiro de todos os anos.
Há 5 anos eu só consigo pensar em como seria se ele estivesse aqui.
Mas há 5 anos eu sei que o sofrimento acabou, e que agora não tem mais dor, não tem mais máquinas controlando sua respiração, não tem mais quimeoterapia, não tem mais.
Dizem que a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.
Mas pra um coração de filha, a dor e o sofrimento andam juntos.
O que fica é um consolo, de que o que tinha que ter acontecido, aconteceu.
Hoje é mais um 4 de janeiro em que vou lembrar dele, vou chorar por não poder abraçá-lo e dizer o quanto eu o amo.
Mas eu sei que minhas lágrimas vão evaporar e subir até a nova morada dele, e ele as receberá como prova do meu amor e do meu: "PARABÉNS, PAI"!

Eu te amo, pra sempre, e sempre. E isso NUNCA vai mudar.

Miss you, dad.