Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Menina Monstro

Tem dias que você desperta indecisa, insegura, com certo medo de perder.

Não sei mais o que me motiva a prosseguir com meus objetivos.

Estive pensando nas coisas que acredito que sejam as principais aliadas para aumentar a minha força, mas incrivelmente percebo que nem sempre as coisas são como eu gostaria que fossem. OK, frase clichê, piegas, mas diga se não é verdade?

Aprendi uma coisa:

Se orgulhe do seu esforço, de conquistas conseguidas por mérito próprio, de aparecimento de novas oportunidades tangentes que possam lhe proporcionar perspectivas, enfim, tudo o que lhe faz sentir-se realizada.
Ame-se, cuide-se, sinta-se especial. (não é tão fácil quanto parece, I know)

Noites mal dormidas, estresse, lágrimas, conversas destrutivas, mas algumas construtivas também, maldade alheia, atitudes inescrupulosas explicitamente desesperadas, e certa falta de credibilidade para conosco.

Foco é coisa que possuo. Tudo isso contribui para uma série de resultados - quociente... (torça para que eles sejam positivos).

Passei por um atropelamento. Não, não é isso que deve estar pensando, não foi um acidente trágico, nem me deixou ferimentos graves, mas posso considerar que ficaram sequelas, marcas incuráveis, expostas e principalmente impostas. Ah, a tal da imposição parece que me persegue!

Existem personalidades variáveis, maneiras diferentes de se sentir coagido e de autodefesa, e em alguns aspectos a convivência com pessoas muito opostas ao que você acredita ser o correto, acaba levando a beira de um ataque de nervos, de choro, de gritos, raiva, mágoa, tristeza, indagações, indignações e baixa autoestima. Um misto de sentimentos que se confundem um com o outro.

Me pergunto:

Só eu não enxergo essa infinidade de erros que cometo?
Por que não desistem de mim então?
Dizem que é porque há amor. Não sei. Respeito, pelo menos, não há. Isso é fato.
Tentativas de explicações são em vão. Duas contra uma. Duelo injusto, impalpável, inconsistente, nada homogêneo.

Grite mais alto, não estou ouvindo! Escândalo. Entonação desnecessária, drama desnecessário, sem fundamento.

Medo? Ora, por favor, sou o quê? Um monstro?

Escolham o que quiserem, eu não quero opinar, não vou mais opinar. Sintam-se a vontade para decidir.

Não tem importância as minhas preferências, desde que estejam de comum acordo com a de vocês, não é mesmo?

Pois bem, eu concordo então com o que concluírem. Aceito, já que não posso questionar, murmurar ou esboçar nenhum tipo de reação contrária à desejada.

Não estou me fazendo de vítima, nem deixando de defender minhas opiniões, mas não tenho mais diálogo tragável, meus argumentos não vão convencer (esqueçam que faço Publicidade nesse momento, ok?), nem nada do que for dito irá mudar meu conceito sobre mim e minhas atitudes.

Mudar, mudar, mudar... - Você tem que mudar! Fale isso, mesmo que não for mudar!

Não posso anunciar, prometer algo que não sei se consigo cumprir.

Não tenho um botão de “Desfazer”, de “Mude sua personalidade”, “Seja Aceita por quem te ama” (?).

Já não tenho mais tanta certeza de “todo” esse amor proferido.

Cuidado, preocupação, zêlo, orações. Para que? Para depois me jogar contra a parede? Me cobrar?

Diz que emociono com as palavras, mas que nunca escrevi nada de bonito para ela. Mas como escrever coisas bonitas a quem lhe ataca a todo momento?

Não nego a ajuda que sempre me propõe e dispõe, mas após isso não há o mínimo de respeito e cumplicidade.

OK. Não espero amor de mais ninguém, não creio mais nisso, tenho amor próprio (?). Acho que isso basta (?).

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