Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

domingo, 21 de agosto de 2011

O Tempo Passou. Mesmo.

Confusão em meio a detritos, de poeira, de sujeiras, de alvura ou de neve.
 Não sei mais o que devo sentir, se sinto-me certeira, acertada, certa. Eu o alvo.
 Talvez erroneamente tenha me confundido com as situações.
 Adversas e advindas, sei lá de onde, de algum lugar que provavelmente já estive.

Déjà vu, ou não, apenas lembranças remetendo ao passado.
 Voluptuosamente sorrateira, paradigma, estigma. Ironia ou falta de sentido, nem sei mais.
Sei apenas que existem seres que não merecem sequer o desprezo alheio.

Decepção em certo momento, indignação em outros. Se bem que, nem um nem outro, apenas o tempo.
O Tempo. Uma hora ou outra ele iria dar o ar da graça dizendo "Oi, eu passei e você nem se deu conta".
Tola ou esperançosa. Não, nem um nem outro, só um pouco menos distraída do que deveria ser.

Talvez esteja sendo exagerada, mas como diria a grande Clarice Lispector: eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.

Que aconteça o que tiver que acontecer.