Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

She's sad.

Talvez eu não mereça coisas belas.
Sou cheia de urgências, possíveis, passíveis. Sentinela.
Senti nela, sinto-me, sinta-se síntese.
Repugnante sensação de ócio e caos, mas na verdade isso não passa de imaginação.

- Você é ignorante.
-Você não merece nada de bom.
- Não acontecem coisas boas contigo, porque você é RUIM.
Você é ruim, pessoa ruim. Você é assustadoramente perigosa, é um animal, um bicho feroz, voraz, faminto, hostil.
- Grosseira!

Palavras que ferem.
Não cicatrizam.
Caráter, caractere da alma. Eureka!
Coisas banais, que ninguém entende. Coisas fatais. Que matam a alma, dilaceram a carne, e fazem transbordar lágrimas de água quente e salgada, misto de água do mar, com águas termais.

Humilhação. É este o sentimento que sempre me faz meditar.
Eu não tenho os contatos certos.
Sequer tenho contato.
Contate-me, por favor, se puder. Ouça-me, compreenda-me, não julgue-me.

O vazio está dentro de você. O incômodo volátil jorra dentro de ti, e nem percebe, porque está ocupado procurando indícios noutras pessoas, sem perceber que o erro está em você.

Tristeza uma hora vai embora. Saudade fica. Vontade vem e vai. Oportunidades passam.
Em momentos inoportunos, ouço sua voz me acusar, como quem tem sempre razão, mas não passa de calúnia entorpecedora.

Calar é a melhor opção. A melhor solução.

Espero que um dia a aurora lhe banhe, regue seu jardim com seus intrépidos raios e lhe faça perceber que todo mundo tem um lado melhor, que pode florescer.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

#chatiada com tanta futilidade

A vida no século XXI é composta por tipos caricatos, de valores invertidos, e isso é realmente muito chato.

É sem graça. É engraçado o engajamento 'social' que certas pessoas têm pra se manter em um âmbito de popularidade visceral. É quase como um vício. Enquanto não chega no clímax do 'sucesso', não para. Não tem limite, não tem fim.

Fico pensando às vezes se eu que estou no lugar errado, na hora certa; ou se estou no lugar certo, mas na hora errada. Será que só eu não sou bitolada?

Não sou hipócrita a ponto de dizer que viveria sem tecnologia numa boa, porque não, eu não viveria. E nem você, que tá olhando torto aí. Venhamos e convenhamos, nem eu nem você vivemos sem um smartphone, sem um computador, sem saber de notícias [fúteis ou que realmente prestam] no imediatismo de hoje... mas o que me intriga é a forma como muitas pessoas usam tudo isso.

A ideia é se expor? Ok, eu também me exponho. Mas de que forma isso acontece? Será que realmente é tão importante você ter zilhões de seguidores, 1 milhão de likes, infinitos compartilhamentos?
Será que realmente você é admirado? Não tô criticando, só tô ponderando.
Também sigo 'artistas' nas redes sociais, e posto fotos de comida e faço check in nos lugares que eu visito. Mas não com a intenção de que de um dia pro outro eu vire uma sub-celebridade da web.

Eu tenho a impressão de que a autoconfiança das pessoas está relacionada única e exclusivamente pelos comentários alheios, e isso pra mim tem a ver com uma certa insegurança, talvez implícita, ou oculta mesmo. Talvez a pessoa nem saiba, talvez esteja em seu subconsciente...

Não acho que não seja legal e saudável saber que existem pessoas que vivem da imagem, seja da forma que for; só acho que a imagem deveria ser menos vinculada à personalidade e caráter.
Você 'segue' uma pessoa porque de alguma forma rola uma identificação, ou se pá apenas uma aspiração e espelho de como você gostaria de ser... mas você não conhece aquele (a) fulano (a). Então, por que amar? Não tô dizendo pra 'odiar', só respeitar já tá de bom tamanho. Mas fanatismo é uma coisa muito surreal pra mim.

Infelizmente vivemos em uma sociedade em que a aparência, além de cartão de visita, é também o que molda a opinião de alguém sobre você. Padrões estéticos estereotipados estão longe de acabar, aliás, só fazem aumentar a cada dia, e não sou contra intervenções cirúrgicas e estéticas [já passei pelo bisturi, se querem saber], mas desde que seja por uma satisfação pessoal, e não por imposição, ou porque 'fulano de tal fez'.

Triste saber que muita gente vive de aparências, se relacionam com pessoas somente pela embalagem, e conteúdo que é bom, nada.
Não condeno as pessoas que correm atrás de melhorar a autoestima, eu também gosto de me sentir bonita, mas esse negócio de malhar até morrer, hashtags 'projeto verão', às vezes me irritam um pouco.

Pow, onde é que fica o prazer? A pessoa vive em prol de uma imposição!
- Eu TENHO que ser gostosa pra alguém me aceitar, pra sentir orgulho de estar ao meu lado.
- Eu TENHO que ser bombado pra pegar minas tops.
Caramba, que chatice!
Se você precisa mostrar seu corpo pra atrair olhares, só tenho uma coisa a dizer #sólamento.
Porque é realmente broxante issaê, na boa.
Vou contar um segredo: peito cai, bunda cai, rugas nascem, músculos somem, CÉREBRO fica.

Na moral? Eu adoro é sair, comer até explodir, ser magrela, mas viver minha vida sem privações definidas por sei lá quem.
- Ah, você fala isso porque você é magra.

Pode até ser, mas eu jamais trocaria um 'gosto' por um 'desgosto'. E se alguém algum dia for gostar de mim, vai ter que me aceitar do jeito que eu sou. Magricela, míope, comilona, mas engraçada, humilde, esforçada... Poxa, nem só de qualidades físicas vivem as pessoas... ou tô errada?
Vi umas coisas na minha própria timeline que me deixaram meio indignada, aí queria desabafar.

Por um mundo com menos fotos de corpinhos sarados na academia, SDV e Troco Likes.

#chatiada com tanta coisa fútil
Tá fácio não Brasio!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inspira. Respira. Explica. / ção

Um dia 'eu queria' inspiração.
N'outro, só respiração. D'outro, d'outra pessoa, pode ser de um qualquer.
Um dia eu quis explicação, de tal e coisa, de coisa e tal. Não tive, não procurei.
De dia eu queria ser exceção. De noite, paixão.
Queria ter tempo pra me inspirar mais, respirar mais, inspirar alguém.
Tempo pra viajar pra outros ares, outros lugares.
Queria deitar e ver o céu se abrir na minha cabeça, de ponta-avessa.
Queria poder inventar dialetos, palavras desconexas, só do meu universo.
Que tola que sou, isto eu já faço, no sonho capacho é escravo de mim.
E querer é tão pouco, que no fundo há desgosto, nesse ímpeto banal.
O que eu quero é correr em uma estrada íngreme e tempestuosa, mas chegar ao topo e avistar o belo.
E de lá 'em cimão' gritar bem alto, seu nome, apelido, sem importar o motivo, o que importa é berrar.
Um urro tão forte, estrondoso e gigante, que de tão imenso, não cabe em meu peito.
Mas aí você vai ver e perceber, que bem do seu lado, vive um lobo valente, uma menina de fases e uma mulher que te quer.