Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

My exchange - [almost] full :)

Hey, fellas!

Cheguei no Brasil há 21 dias...
Tentei fazer uma coisa organizada durante meu mini-intercâmbio, mas não rolou.
Estacionei no dia 09 e não consegui mais atualizar aqui.
Mas vamos lá tentar resumir essa 'aventura' que eu passei, em alguns parágrafos.

Bom, eu registrei meus primeiros dias e impressões sobre a Irlanda e cara, eu realmente fiquei encantada com aquele lugar. Acho que o fato de ser verão e escurecer só às 23h também ajudou bastante na paixão súbita que tive pela Irlanda!

Antes de viajar eu tinha muitas dúvidas em relação a inúmeras coisas. Felizmente tenho pessoas incríveis na minha vida que me ajudaram muito! Amigos que moram por lá, amigos que fiz em decorrência dessas minhas tais dúvidas, enfim, apareceram vários anjos pra me ajudar com todas as minhas questões.

Vou contar um pouco da minha experiência, que apesar de curta foi a melhor coisa que já aconteceu nos meus 25 anos de vida.

Let's go:

1. A MALA [e o medo de passar frio na Zoropa]

Aquele momento crucial em que você não sabe como o clima estará, porque mesmo sendo verão na Irlanda, lá não costuma fazer o tipo de calor que uma paulistana nata como eu, está acostumada. Mesmo perguntando pras pessoas que moram por lá fica difícil de saber direito, porque querendo ou não a pessoa acaba se acostumando com o frio e qualquer 15 graus é motivo pra sair de regata, acreditem.

Bom, levei duas malas grandes e meio vazias, caso eu quisesse comprar alguma coisa quando fosse voltar, e quer saber? Foi a melhor coisa que eu fiz. Levei roupas de frio leves e um casaco mais pesado e foi o suficiente. Me surpreendi com o clima [ou me acostumei muito rápido, haha], porque realmente os tais 15 graus de Dublin não é como aqui em SP que todo mundo já sai encasacado de casa, lá é muito mais agradável, principalmente se tiver aquele solzinho sem ventania e chuva.

Me lembro que nos dias em que fazia 17 graus eu saía de short e regata, tranquilex!
Uma coisa que me arrependo foi de não ter levado muita roupa pra sair. As baladas de Dublin são quentes [digo no sentido de você passar calor dentro do rolê, não é esse outro tipo de 'quente' que você pode estar pensando, safadinho (a)!], e como eu levei muita roupa de frio, não levei quase nada de vestido, saia, short... Graças a Deus que existe a Penneys lá. Tks God! Salvando vidas de pessoas com pouca grana e afim de vestir uma roupinha nova. Caso você ainda não tenha ouvido falar da Penneys, é uma loja de departamento (estilo C&A) com TUDO, tudo mesmo, que você imaginar: roupa, sapato, acessórios... e por preços ridiculamente baratos. Tá certo que tem coisas que não têm lá essa qualidade, mas quebra um puta galho. Com 10 euros você tá com um look completo pra balada, gata! - com sapato, acessório, bolsa e tudo mais. Comprei pouca coisa na Europa porque meu intuito era gastar dinheiro viajando, roupa não era a coisa mais importante pra mim naquele momento, mas as aquisições que eu fiz já passaram no teste do 'lavei e não encolheu', então tá tudo certo, foram ótimos investimentos!

Acho que de tudo que eu levei só não usei umas 5 peças, no máximo. Nota 10 pra minha eficiência como a mina que colocou apenas o necessário na mala. Clap, clap - lê-se palmas. Obrigada. haha

2. O AEROPORTO E A IMIGRAÇÃO [e os dois aviões que eu peguei]

Meu voo saía do aeroporto de Guarulhos/SP, pertinho da minha casa, mas cheguei por volta de umas 3 horas de antecedência, pra não ter problema. Fiz meu check in online e isso facilitou em 1000% minha vida. A fila pra quem tinha feito o check in online não tinha NINGUÉM! Então, conselho: sempre faça o check in antes de sair de casa, amiguinho. Meu primeiro voo era da cia KLM e fiquei um bocado de horas dentro do avião. Como em toda classe econômica, o espaço entre as as poltronas era meio apertado, mas o serviço de bordo foi bom, as comidinhas também e tinha uns filmes legais pra assistir [mas na volta o espaço era maior, acho que a aeronave era mais nova].

Já no meu segundo voo, da cia Aer Lingus, partindo de Amsterdã com Dublin como destino, foi mais rápido, mas em compensação eu senti bastante a pressão. Fiquei completamente surda. Quando finalmente desembarquei na Irlanda não estava escutando absolutamente nada. Masquei chiclete, orei o Pai Nosso, tava quase chorando já, porque minha vez de passar na imigração estava chegando e eu estava SURDA, minha gente. Imagine meu cagaço se o Oficial me perguntasse alguma coisa - em inglês, óbvio -, e eu sem escutar... Acho que pedi tanto pra Deus me ajudar que na hora que parei na frente do cara parecia que alguém tinha soprado nos meus ouvidos e eu voltei a escutar perfeitamente. haha

De todos os meus medos - na verdade acho que o único-, o maior deles era ter meu visto negado. Sou muito paranoica com esse tipo de burocracia.
Tudo o que eu perguntava pras pessoas envolvia algum tipo de questionamento referente a imigração. Queria saber tudo, tin tin por tin tin o que eles haviam perguntado e o que eles pediam, enfim, fazia o maior interrogatório pras pessoas, haha. Chegou a vez de eu contar minha experiência com a imigração irlandesa.

Como eu fui pra ficar por pouco tempo, eles não exigem que você mostre quanto de grana você está levando, mas exigem que você tenha uma carta da acomodação que você vai ficar - no meu caso eu fiquei em um apartamento estudantil; o seguro saúde - caso você fique bichado por algum motivo, o seguro saúde cobre suas despesas; e caso você vá estudar, a carta da escola é primordial; além de, claro, a passagem de volta. Eu fiz um curso de 4 semanas, então também levei a carta da escola.

Ou seja, sem erro minha gente. Ele foi monossilábico e objetivo. Super tranquilo. Claro que o fato de eu estar indo por uma agência que leva muitos estrangeiros pra lá e também estar indo estudar, facilita e muito na entrada. Mas acredito que mesmo pra quem não tenha a intenção de estudar, apenas de passear por lá, também não deva ser difícil.

Ah, uma nota: em Amsterdã a gente precisa passar pelo 'raio X', mas só, não precisa passar por nenhum procedimento extra na imigração. Não precisei sair do aeroporto, minha conexão era muito rápida, 1 hora apenas, pra quem de repente pegou uma conexão de 7 horas, ou 1 dia, acho que o procedimento deve ser diferente. De qualquer forma, de todos os relatos que ouvi, o aeroporto de Amsterdã é o mais fácil de se locomover. Eu que sou perdida, me achei.

3. ACOMODAÇÃO, ANDANDO POR DUBLIN E SEGURANÇA [e me perdendo e trombando uns knackers]

A coisa que você mais vai fazer quando chegar na Irlanda, sem sombra de dúvidas, além de beber muita cerveja, será: ANDAR. É minha gente, lá tudo se faz a pé. Não é como no Brasil que temos essa dependência do carro, saca? E quer saber? Achei isso incrível! Minha acomodação ficava num prédio na Parnell Street em Dublin 1, no Centro, ou seja, eu estava do lado de tudo e qualquer coisa que eu quisesse há apenas 10, 15 ou 20 minutinhos de pernada. Às vezes nem isso, porque pra ir ao mercado [ah, que saudades do Tesco - pra mim 'Tesquinho' carinhosamente] era só atravessar a rua. Mc Donald's, Burger King, KFC? Só dar 3 passos na calçada. Penneys? Uns 5 minutos andando. E por aí vai.

É realmente muito simples andar por lá. Eu sou a pessoa mais sem senso de direção que você possa imaginar, e no começo eu andava com mais cautela, porque cheguei a me perder haha, mas nada que uma perguntinha não me salvasse: "Where is Spire?" - esse treco era praticamente na rua da minha casa, haha.
Mas falando sério, eu me sentia muito segura andando por lá. Às vezes saía do rolê umas 2h da manhã e voltava tranquila a pé pra casa, sem medo de me assaltarem, ou de aparecer algum tarado do além. Claro que a gente não pode vacilar, né. Mas uma das melhores coisas de lá, na minha opinião, foi a liberdade. Inclusive nas roupas. As meninas podem andar nuas por lá que ninguém olha. Nunca fiquei tão feliz de poder usar um short curto sem que as pessoas olhassem pra mim achando que eu estava querendo ouvir cantadinhas baratas ou qualquer outra coisa.

Antes de viajar eu ouvi falar nos tais de 'knackers' - ou nanás pros íntimos haha ', e fiquei morrendo de medo. Mas depois que cheguei e vi que são uns adolescentes que recebem ajuda do governo pra viverem e são desocupados que não tem o que fazer a não ser atormentar a vida dos estrangeiros, furtando coisas, tacando ovo e às vezes 'batendo', fiquei mais tranquila.

Aí você tá aí pensando: 'Meu Deus, essa menina é louca.' Mas não, não sou louca. Se você vive em São Paulo, assim como eu, vai saber que se os maloqueiros daqui fossem como os nanás, não haveria tanta morte por causa de celular e tanta briga por causa de 'nada'. Esse é o 'maior problema' daqui, pra vocês terem uma ideia.
Isso tudo que eu falei eu não presenciei. Eu ouvi histórias. Cheguei a trombar com alguns grupos desses meninos, que estão quase sempre vestidos com um moletom da Adidas, mas não me fizeram nada. Só fiquei esperta com a bolsa e celular e parei de falar português, e tudo certo. Não temam os knackers, folks. Palavra de uma cagona sem limites, pode confiar.

4. EM QUE ESCOLA EU ESTUDEI? POR QUAL AGÊNCIA EU FUI? [gostei? recomendo?]

Estudei na International House Dublin e não gostei, eu ADOREI a escola. Os professores, sem dúvida, são os principais responsáveis por isso. Eugene e James, dois professores incríveis que me fizeram aprender muita coisa em pouco tempo. Super recomendo a escola, o ensino é ótimo. Não gostei muito do livro usado, o método de ensino é britânico. Mas os professores e as atividades compensavam esse detalhe.
Fechei meu intercâmbio pela agência Egali. Eles têm uma base em Dublin e assim como a escola, recomendo muito a agência também. Não tive nenhum problema com eles, pelo contrário, só tenho elogios pelo atendimento [ps.: não tô ganhando nada pra falar isso, mas acho que esse tipo de comentário é motivador pra uma empresa e pras pessoas que nela trabalham].

5. FESTEEENHAS E OUTRAS MANEIRAS DE SE DIVERTIR [party, party, a lot of partiiiiiiiies] 

Ahá, aposto que quando você viu esse tópico já pulou pra cá direto, né? Safadenhooo (a)! haha
Bom, 'about last night' era meu lema toda manhã... hahaha
Gente, pensem num lugar que tem fervo todo dia... Sim, é a Irlanda.
Tem pubs pra todos os gostos, bolsos, estilos e dias [sim, porque em alguns deles têm dias em que a pint é mais barata, uhul hehe]. Conheci muitos bares/pubs, mas com certeza faltaram muitos outros. Um mais incrível que o outro. Amei cada um deles, porque apesar de todos terem a mesma proposta, eles têm suas individualidades e particularidades. Vale a pena visitar o máximo que você puder, e tente não ficar só na região do Temple Bar, porque tem muita coisa bacana nos arredores também.
As baladas de Dublin são ótimas também, e geralmente até umas 19h, 20h não paga pra entrar. Sim, você leu certo, lá as baladas começam cedo porque fecham cedo. Umas 2h da manhã já tá no fim.
Beber na Irlanda não é muito barato, a média de preço de uma pint por lá, sem promoção ou coisa do tipo, é mais ou menos uns 4,75 euros. Salgadinho pro bolso de intercambista, eu acho. Ah, bebam Blue Moon por mim, é uma delícia!
Fora os pubs, que são as atrações mais famosas, existem muitos parques e museus para serem visitados. Muitos deles gratuitos. Também tem a Guinness Store, que é a fábrica da cerveja, e vale muito a pena conhecer. Custa 13 euros pra entrar e você tira sua própria pint e ganha até um certificado, haha. Divertido!
Tem muita coisa pra se fazer por lá, é só procurar que com certeza você vai encontrar um rolê que combine com você e caiba no seu bolso.

Bom, vou deixar alguns outros tópicos pra discutir depois, que serão esses abaixo. Aguardem cenas dos próximos capítulos. Prometo que não vou demorar tanto pra postar novamente e ainda de quebra vou colocar umas fotos [que preciso tomar vergonha e descarregar ainda, haha].  :)

See u, guys! <3

... próximo post:

6. VIAGENS [por dentro e pra fora da Ilha da Esmeralda - vulgo, Irlanda hehe]

7. AMIGUES GRINGOS, é possível fazer? [e brazucas, of course]

8. MAS... E O INGLÊS... MELHOROU? [a pergunta que todos fazem]

9. VALEU A PENA FICAR POUCO TEMPO?

10. PORQUE FIQUEI TÃO POUCO?

11. EU VOLTARIA?

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