Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

domingo, 29 de dezembro de 2013

about books.


Todo ano eu me auto-imponho uma meta de leitura, mas confesso que este ano não cumpri como deveria "#chatiada". Não fiz resenha de nenhum dos que li, mas acho que ainda dá tempo, afinal, hoje é dia 29/12! Praticamente nos 45 do 2º tempo... haha

Não sou muito ligada nesse lances de 'vou ler porque é best-seller', ou porque 'foi muito recomendado', ou talvez porque 'vi que os críticos elogiaram'... apesar de todos esses parâmetros serem importantes e relevantes, quando eu vou comprar um livro, levo em consideração a resenha da história, quem é o autor e suas vertentes e ideias, e daí sim eu vou saber se vai me agradar ou não.

Ironicamente, o livro mais lindo que eu li este ano foi há menos de uma semana, e eu o comprei porque vi um Book Trailer na fan page da editora do tal título. Sem mais delongas, "Extraordinário" me cativou à primeira vista. O videozinho de 1min30seg que assisti, foi o suficiente pra me deixar curiosa o bastante pra correr atrás do livro.

Então saí do meu trabalho numa quinta-feira pós-Natal e entrei na Livraria Cultura toda determinada. Fui direto na prateleira e peguei - confesso que comecei a olhar pro lado e vi uma biografia do Jack Kerouac que me deixou tentadíssima, depois vi o Ubik, outro livro que quero ler, e em seguida avistei alguns do Stephen King e aquela estante giratória com vários pockets do velho Buck... ok, mas eu resisti a todas as tentações e mantive foco, haha.

Fato é que comprei um livro infanto-juvenil, mas nem liguei. Na verdade, acho isso uma bobagem, se o livro é bom, não importa a qual idade ele seja destinado - mas obviamente não concordo que crianças leiam a trilogia dos 50 tons. haha

Enfim... entrei no metrô roendo as unhas pra começar a ler - sou dessas que quando compra um livro, quer começar a ler na mesma hora -, mas estava lotado, li umas 15 páginas. Quando cheguei em casa, sentei no meu sofá, a Frida - minha cachorrinha -, sentou do meu lado, e aí eu comecei a ler, ler, ler... e quando percebi, já tinha lido mais da metade. Impressionante como quando o livro é bom, você nem sente, né?

Acho que tô falando desse livro desde quinta-feira até hoje sem parar. Já falei pra minha mãe, amigos, e pro mundo - via twitter, instagram, facebook... aaah, a tecnologia!

Mas vamos ao que interessa:
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A RESENHA by alehcaires

A história...
É sobre um menininho chamado August Pullman (Auggie), que nasceu com uma mutação genética raríssima a qual fez com que seu rosto nascesse com uma anomalia terrível. Ao longo de seus 10 anos de vida, ele teve que se submeter a diversas cirurgias, para tentar amenizar sua aparência. Não vou me prolongar muito descrevendo-o, é mais interessante descobrir lendo o livro.
Fora isso, ele tem pais muito amorosos, uma irmã mais velha chamada Olivia (Via) e uma cadelinha, a Daisy.

Pelo fato de que passou praticamente a vida toda em hospitais, Auggie nunca frequentou uma escola de verdade, e seus pais decidem que chegou o momento dele enfrentar essa que provavelmente é uma das maiores dificuldades de sua vida, já que o garoto não está sob a proteção de seus pais e está sujeito a olhares maldosos, comentários e xingamentos, por conta de seu rosto.

Via, a irmã, também está em fase de transição. Ela também muda de escola e passa a ter novos amigos, histórias, e medos a enfrentar. 

Como será que ele lidou com esse novo universo? Essa parte eu não vou contar. :)

Mas posso dizer que é tudo muito comovente. Sensível. Doce. Ingênuo. 
Mas ao mesmo tempo, inteligente, dosado, e nos ensina uma grande lição.

Tenho que admitir que chorei em algumas partes, principalmente nas partes em que a cadelinha demonstra afeto e muito amor por todos. Lembrava da minha Frida todo o tempo, e chorava, haha. Que tonta que eu sou!

Uma das coisas que eu mais gostei foi que os capítulos são muito bem divididos e cada um deles é narrado por um dos personagens. Sem contar que a cada transição de capítulo, há um trecho de livro/música correspondente à situação e/ou opinião do personagem em questão. 

A linguagem é simples, mas não deixa de ser intensa.

A verdade é que em algum momento da vida todo mundo já deve ter se sentido um pouco como o Auggie, claro que não por um motivo tão forte e sério como o que é abordado, mas tenho certeza que todos já passaram por situações em que se sentiram coagidos.

Minha vontade é de escrever o livro todo aqui, mas vou parar por aqui pra deixar todo mundo curioso. Até porque, poxa, é tão baratinho! Vale a pena o investimento. Paguei R$ 19,90, achei uma pechincha. 

Pra terminar, a frase mais legal do livro, em minha opinião:

"Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil." 


PS.: "Não julgue um livro menino pela capa cara."

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