Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Descontinuada.

Capítulo 1.000

(...) E ali naquela sala, sentada em uma poltrona verde não muito confortável, não conseguia pensar em mais nada, além do fato de que você estaria lá.

Que tola, nem sequer lhe conheço, mas sabia que estaria ali, a minha espera. Mesmo que despretensiosamente, sem saber, sem interesse. Mas eu já tinha certeza.

Não aconteceu nada, mas ainda assim, na hora pensei que estivesse mergulhada em um sonho bom.

Sobretudo, achei ter encontrado ali, a razão pelo qual viveria pelo resto de minha vida e, sem querer fazê-lo, entreguei-me a sei lá quem ou o que. Mas só na imaginação.

Estava sozinha. Corria ao encontro da incógnita, e nos abraçávamos fortemente, como quem quer proteger o outro de coisas ruins.

O vento uivava  ferozmente, e ultrapassava meus cabelos, e eles balançavam, esvoaçavam feito quem anda em montanha russa.

Eu andava entre uma espécie de pasto ora verdejante, ora dourado pelo sol, sol esse mais do que quente, estupidamente sufocante para quem não estava acostumado.

Embora a sensação fosse de liberdade e felicidade, não sabia ao certo para onde estava me dirigindo e o que de fato me esperava.

Na verdade, não faz sentido algum, nada do que eu disser, nada do que eu explicar.

Fato é, que me iludi, mais uma vez.

Sorte no jogo, apenas.

Pensei ter encontrado o que procuro há tempos.

Alarme falso. Pela milésima vez.

Desisto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário