Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (C.L.)


Fuce.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Multifacetada.


A face é feita de fotos
De fatos
De expressões
De conspirações
Da vida, de pessoas.

A ‘cara’ é a face de poucas e boas
O rosto é retrato da realidade.
Assim como muitos que esperam sorrisos
Caretas e olhares também deixam saudade.

Tenho uma face
Uma cara
Um rosto
Uma expressão.

Todas se reunem em um só desenho
Às vezes entre parênteses.
Se entendem bem
Mas só aparecem quando acham pertinente

A face é multi
É multifacetada.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Objetivos Subjetivos.

Já que estamos próximos do Natal e Ano Novo, resolvi criar uma "Lista".
Sim, uma lista de metas!
Nunca consigo cumprir metade do que eu planejo, mas se pelo menos 50% se concretizar já me dou por satisfeita.

Na verdade sou bem controlada e ponderada em tudo o que me determino a fazer, mas nem sempre as coisas são  como gostaríamos que fossem né, apesar de ter o 'meu' trabalho, o 'meu' estudo, as minhas coisas não são apenas para o meu próprio bem-estar. Meu super ego às vezes até que tenta me distrair e tenta fazer com que eu olhe apenas para o meu umbigo, mas eu tenho uma família, isso não é certo...

Mas vamos lá, meus objetivos para 2011 (que maluco, estou compartilhando meus sonhos com pessoas que talvez desejem até o meu mal, mas isso não me importa, quem tem a proteção de Deus não 'carece' de ficar apreensivo, tô nem aí, divido com vocês meus medos, segredos, e porque não minhas metas?).

Coisas de Alessandra 

1. Conseguir passar os semestres da faculdade ilesa, sem DP!
2. Comprar meu carro *-*
3. Comprar um notebook com uma memória decente
4. Terminar de tirar minha habilitação (senão carro nem pensar)
5. Iniciar meu Projeto Experimental com um 'cliente' beeeem legal e acessível
6. Ter mais tempo para 'respirar'
7. Crescer profissionalmente
8. Ver mais filmes
9. Ler mais livros
10. Visitar mais museus
11. Descobrir novas exposições
12. Ver peças teatrais
13. Tomar banho de chuva ao me surpreender com alguma notícia incrível!
14. Fazer uma cirurgia plástica (mulheres nunca estão satisfeitas com o que têm, FATO)
15. Ganhar mais  (sou capitalista mesmo e daí, vai me dizer que você tbm não gosta de dinheiro?)
16. Me estressar menos
17. Fazer amizades eternas, ou eternas enquanto durarem (acho que é mais fácil)
18. Presentear inesperadamente e vice-versa (sou boba nem nada)
19. Deixar alguém orgulhoso de mim (nem que seja minha mãe)
20. Viajar
21. Juntar uma grana (essa promessa nunca vai pra frente por muito tempo, mas vou tentar)
22. Escrever, escrever, escrever até meus dedos doerem, quero inspirações diárias!
23. Gostar de quem gosta de mim (se isso for possível, ah, a pílula que eu queria inventar lá no meu 1º post...)
24. Inventar! Alguma coisa, qualquer coisa útil.
25. Aconselhar
26. Ir a shows, muitos shows.
27. Descobrir um talento em mim
28. Dormir 8hrs por noite (tá, isso eu sei que será IMPOSSÍVEL)
29. Operar as vistas (sou míope mesmo, qual o problema?)
30. Fazer trabalho voluntário
31. Falar inglês fluente
32. Falar espanhol fluente
33. Voltar para o curso de italiano
34. Fazer mais tatuagens
35. Comprar uma câmera 'Animal' e fotografar muuuiiito!

Não importa a ordem, mas se tudo o que desejei vier a tona em meu 'novo ano novo' ficarei muito grata à vida, por me proporcionar instantes e momentos inesquecíveis que serão. 

Não tenho pretensão nenhuma de ser 'a mais','a maior', 'a melhor', mas seria muito bom se eu fosse.

Não me subestimo, mas não me engrandeço, creio que a receita perfeita para as coisas darem certo seja a humildade e persistência.

Aprendi uma coisa que somente com o tempo é possível perceber: você não pode acreditar em coisas que lhe deixem cabisbaixa, com a  auto estima afetada, você tem sim que filtrar o que pode lhe ajudar a melhorar em algum aspecto, críticas são SEMPRE bem-vindas, desde que você faça o seu papel, de saber o que lhe servirá como lição.

Já sofri de muitos problemas com auto-estima que me fizeram enxergar que eu sou sim capaz, e que nada do que ninguém me disser irá interferir em meus planos.

2010 foi um ano com muitos acontecimentos, todos os anos são, normal.
Perdas, ganhos, chororô, alegrias, cansaço, briguinhas, crises...
2011 não será diferente.

Não acho que 'ano novo' seja sinônimo de 'vida nova', mas por que não crer que será a continuidade de seus objetivos, o ano será igual, afinal, os meses são iguais, as estações são iguais, o que muda de verdade é o seu roteiro, você quem determina como será o seu ano, suas promessas só serão possíveis se o esforço partir de ti.

As minhas estratégias para que tudo isso que mencionei se realize?
Ah, isso nem eu sei, mas o importante é que eu sei bem o que quero e o que não quero.
E você, já pensou qual será o seu 'roteiro de 2011'?

Um Feliz Natal à quem dedicou alguns preciosos minutos de sua atenção ao meu humilde texto e um 2011 cheio de conquistas e realizações. (Clichê né... às vezes é preciso!)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Primitivos da tecnologia.

Estive pensando o quão primitivos nós já fomos e por algum motivo não conseguimos mais nos adaptar a situações que julgamos adversas e 'fora do comum'.

Hoje meu post (mais uma vez) é reflexivo, é uma indignação contra eu mesma, veja só, há onze anos atrás quando eu era uma garotinha ingênua com meus dez anos de idade, era muito fácil sobreviver sem internet em casa, aliás, sem um computador (que era um trambolho, diga-se de passagem).

Era muito simples 'ser criança' e o máximo que eu tinha que ter para ficar igual às minha amiguinhas (o tal do 'ser aceito') era aquele tênis super legal, o tererê no cabelo e a Barbie do momento.
Eu não precisava parecer adulta, nem me emperequetar de maquiagem, nem fazer escova nos cabelos, eu era feliz com meu conjunto de moleton, meu 'penteado' descabelado e com meus tazos que vinham no salgadinho!
Era feliz com meu bichinho virtual, com meu mini-game - isso era o máximo de tecnologia que prendia minha atenção - e o que eu mais esperarava ao chegar em casa era poder assistir "Pokemon"!

Eu não precisava 'fingir'ou realmente crescer fora da ordem natural, não precisava me enfurnar no quarto e passar horas conectada (como faço hoje), e nem pensava nisso!

Disse no início que já fomos primitivos, certo?
Acho que mudei de opinião (posso?).

Primitivos somos agora, dependentes de máquinas, submissos à parafernalhas elétricas, sujeitos a 'parar' devido a alguma possível falha em algum equipamento.

Já não nos esforçamos sozinhos. temos auxílio.
Já não é mais hábito lermos livros, irmos à biblioteca, visitarmos museus...

Presenteamos as crianças com os vícios high tech, os 'mimos' estão cada vez mais avançados em todos os quesitos e os pequenos cada vez mais exigentes.
Estamos nos tornando uma sociedade robotizada, tudo é otimizado, automático, inteligente, tão capazes e espertos que quem sofre as consequências somos nós, homens modernos, contemporâneos que (achamos) que somos. Temos ajuda para tudo, isso se o 'bicho' não o faz para nós, para poupar o nosso tempo, nosso raciocínio, nosso esforço.

Isso não é uma crítica destrutiva ou contra a tecnologia, é uma 'rubrica', sim, um visto sobre minha impressão a respeito da evolução que passou diante dos meus olhos durante as décadas em que vivi, nasci nos anos 80, aproveitei minha infância nos anos 90 e cá estou nos anos 2000, que coisa maluca!

Eu faço parte dos 'alienados' pela tecnologia (é a realidade), pela modernidade. Um dia sem computador e eu SURTO (acreditem).

Não tem mais o "Pokemon" depois do almoço e quando chego em casa não é mais do colégio.
Acordo cedo porque tenho que trabalhar, durmo tarde porque tenho que estudar, as amizades ficam em sua maioria atrás de uma tela e é por intermédio de fotos e mensagens que me comunico com meus queridos.
Não ouço a voz de alguns há anos, não vejo pessoalmente mais alguns (incontáveis), mas é nesse mundo que eu (e muito mais pessoas do que eu possa imaginar) vivo!
É um universo lúdico e paralelo onde é possível prever com quem 'quero' encontrar, se quero responder o 'oi' de alguém, ou se finjo ignorar pois, "estou muito cansada agora para conversar".

É meu bem, ausente, disponível, volto logo, em horário de almoço, são status frequentes e indispensáveis no cotidiano de gente a perder de vista.
Nos tornamos pequenos seres manipuláveis de uma Revolução Industrial em constante renovação e assim vamos vivendo, espero que daqui há alguns anos as crianças nasçam crianças mesmo, de carne, pele e osso, tenho medo de gerar uma 'máquina'.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Um dia chega. Chega um dia.

Hoje foi um bom dia, alguns dos meus últimos dias foram bons, bons dias vivi nesses últimos dias.

Se minha professora do colegial visse essa frase com certeza me trucidaria pela repetição constante (e pleonasmo – repetição é constante menina!) de palavras, felizmente já não estou mais no colegial, há alguns quase cinco anos.

Impressionante como o tempo passa depressa, como ele voa, ou “avoa” como diria minha vózinha (que saudade da minha vózinha por falar nisso).

Tenho que admitir que a vida não tem me castigado o tanto que eu acreditava que ela me puniria, nem sei exatamente o motivo de algum ‘acerto de contas’, mas sabe aquela sensação de que alguma coisa está errada? Será que só eu sinto isso?
Sei lá, é estranho, parece que eu sempre faço alguma coisa que faz com que eu me sinta um ser humano pior, independente do que for.
Acho que a cultura que crescemos dentro de casa nos influencia a imaginar situações inexistentes, ou culpa com fundamentos irrelevantes.
But, I don’t care (?)
Sim, eu me importo.
But, OK!
É como eu sempre digo, nunca sei como meus momentos de inspiração vão terminar, escrevo o que ‘dá na telha’ sem me preocupar se alguém realmente irá perder – ou não – o seu tempo lendo essas ‘baboseiras’ que saem da minha cabeça.
Now, I don’t care.
Sim, eu me importo. Me importo apenas como vou organizar minhas ideias, minha imaginação é acelarada demais e eu não consigo transcender tudo o que anelo ter.
Mas OK, já me acostumei. Meu cérebro é temperamental, prefiro obedecê-lo, sem ele não consigo trabalhar meus pensamentos, sou submissa e dominada por ele.

Odeio essa gente que acha que sabe meia dúzia de expressões inglesas e ‘enfeitam’ seus perfis com frases prontas.

(Quem sou eu para falar isso? Nem inglês eu sei!)

I don’t care. Gosto de contrariar mesmo. Contradizer (?). Isso eu não gosto muito, mas às vezes é necessário, sometimes.

Mas como eu ia dizendo, tive alguns dias bons, realmente bons.
Todavia estou me sentindo sozinha, coagida, recolhida em um submerso instantâneo, monótono, impaciente, inquieto, intrigante, entretanto, isso está me fazendo bem, é sagaz, voraz, intruso, porém, educado. I believe.
É uma crítica para eu mesma, para refletir, para analisar.
Ficar sozinha –  não no sentido de um companheiro – mas tratando-se de liberdade, experiência, amadurecimento e aprendizado.
Ficar sozinha tem tanta definição, que eu poderia passar horas relatando, enumerando e comparando as esquisitices que eu tenho em mente.
Um dia chega, chega um dia.

Coisas começam a dar errado e aí você pensa: ‘Tudo acontecendo e eu estou sozinha’, isso pode servir como uma lição de que só você é quem pode se salvar, se resgatar, se levantar, se reerguer, se amar, se arrumar, se valorizar, se entender ( ou ao menos tentar – I try...), se captar, se entregar para os braços da vida, que são enormes, gigantescos mesmo.

Pode ser que esses braços não sejam os mais aconchegantes e confortáveis, não assim de primeira. Demora um pouco até encontrar o braço certeiro, aquele que vai lhe acolher e fazer com que TODOS os seus dias sejam melhores e especiais e intensos e inesquecíveis e ai meu bem, ai você vai saber que chegou a sua hora.

Como diria Fernando Sabino
"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."

Prefiro acreditar que o ‘meu fim’ está próximo, quero que dê certo logo...