E a menina da Mangueira, lá do alto, faceira,
Chegou bem marota, engraçada e volátil.
Intensa, fulgaz, furacão, bem precisa,
Inquieta, mandona, chorosa e distraída.
E o malandro da Vila também chegou nessa,
Veio direto do barraco, pra se divertir.
Trabalhou no visual, se produziu como nunca,
De casaco, sapato, panamá e desceu a rua.
E a bandeira da cidade, em ondas no céu,
Cobria uma parte das nuvens branquinhas.
Branquinhas uma ova, isso é poluição,
Mas não se pode brigar com a sua visão.
E o samba, o soul, o black, o rap, a MPB, a bossa nova, as poesias e prosas,
Se tornaram únicas.
O malandro e a menina, arruaceiros que só,
Dançaram na varanda e na mesa de bilhar.
E depois de muito tempo, decidiram se apresentar,
Meu nome é Dalila, prazer em te encontrar.
Meu nome é Josué, o prazer é todo meu.
E desceram a ladeira, a menina da Mangueira e o malandro da Vila.
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